Raul e os livros
Pesquisadores e acadêmicos começam a se preocupar, em diversas partes do mundo, com a memória deste século. São inegáveis as vantagens da conservação digital do conhecimento. A facilidade de acesso é evidente. Também, o espaço ocupado para guardar informações é incomparavelmente menor. Entretanto, o velho problema persiste: E se alguém puxar a tomada?
Estima-se que um livro convencional, se não impresso com tinta ácida, e guardado na estante depois de lido e relido , pode durar mais de 100 anos. Há , nas grandes bibliotecas exemplares que superam em muito o século de existência. Mas, e a informação eletrônica, quanto tempo pode durar? Os mais otimistas dizem : para sempre. Outros acrescentam: desde que não dê defeito.
Raul Seixas, lá pela década de 70 do século passado, já advertia:
“A civilização se tornou complicada
Que ficou tão frágil como um computador
Que se uma criança descobrir
O calcanhar de Aquiles
Com um só palito pára o motor”
Que ficou tão frágil como um computador
Que se uma criança descobrir
O calcanhar de Aquiles
Com um só palito pára o motor”
Não troco o bom e velho livro impresso por nada!
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